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EDUCAÇÃO: Flexibilização do EAD integra mães ao Ensino Superior

  • Publicado: Terça, 22 de Outubro de 2024, 11h36
  • Última atualização em Terça, 22 de Outubro de 2024, 11h36

Maes e a educacao EAD

Acesso à Educação e desafios diários com a flexibilização do Educação a Distância

A democratização do ensino superior no Brasil tem se expandido por meio do Educação a Distância (EAD), sendo um dos grupos mais beneficiados com essa modalidade as mães que enfrentam a dupla jornada de estudar e cuidar da família. A flexibilidade da EAD permite que essas mulheres conciliem os cuidados com os filhos e a responsabilidade com os estudos, proporcionando oportunidades de formação acadêmica sem a obrigatoriedade de sair de suas casas ou de suas cidades.

Um levantamento realizado pelo Jornal Metrópoles em maio de 2023 revela que 18% dos jovens entre 16 e 24 anos abandonaram os estudos devido à gravidez ou aos cuidados com os filhos. Esse dado acende o alerta para a implementação de alternativas que propiciem essas mulheres a permanecer no caminho da educação, principalmente as mães que, muitas vezes, não têm a rede de apoio necessária para cursar uma universidade presencial.

A estudante de Ciências Contábeis no polo de Piripiri, Carlene Vieira Calaça, de 25 anos, exemplifica como o EAD tem transformado sua vida. Mãe de um menino de 5 anos, ela explica que a flexibilidade do ensino a distância foi determinante para sua decisão de retomar os estudos. “A modalidade EAD trouxe mais flexibilidade para a minha rotina, permitindo que eu faça o meu horário de estudo e desenvolva uma organização mais eficaz para as atividades que desempenho. Isso é importante para mim como mãe, já que posso adaptar meu tempo aos horários do meu filho. No entanto, exige muita disciplina e organização", afirma Carlene.

Para o coordenador do curso de Ciências Contábeis do Centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI (CEAD/UFPI),  Prof. Elias Dib Caddah Neto, a EAD é uma solução acessível e inclusiva para mães que enfrentam dificuldades de mobilidade, seja por questões familiares ou geográficas. "O EAD oferece a essas mulheres a possibilidade de estudar em horários flexíveis, sem a necessidade de deslocamento diário, o que é crucial para quem precisa conciliar os papéis de mãe e estudante", ressalta o professor.

Além disso, o professor acrescenta que existem sim desafios e, por isso, é preciso que os educadores tenham empatia e se adaptem às exigências do curso, garantindo que essas alunas não se desmotivem e possam avançar no ritmo que suas responsabilidades permitirem.

A UFPI, por meio do CEAD, tem investido em políticas que visam atender essas demandas. Além da flexibilização de prazos e atividades, o centro oferece recursos como tutoria, fóruns de discussão e encontros presenciais, criando uma rede de suporte que facilita a interação e o acompanhamento dos estudos. "É fundamental manter um diálogo aberto para entender as limitações dessas alunas e ajudá-las a concluir o curso com 100% de aproveitamento”, conclui o professor Elias.

Através do uso crescente de ferramentas tecnológicas, a expectativa é que a educação a distância se torne ainda mais inclusiva, principalmente para mães e outros grupos que enfrentam desafios para acessar a educação presencial. Com o apoio certo e a estrutura adequada, o EAD se consolida como uma ferramenta poderosa para promover a inclusão e o acesso à educação superior, permitindo que mulheres como Carlene construam um futuro melhor para si e suas famílias.

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