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Jornada Acadêmica e Científica no Piauí colonial

  • Publicado: Segunda, 11 de Fevereiro de 2019, 11h50
  • Última atualização em Terça, 19 de Março de 2019, 08h43

O sol nasce em Teresina, capital do Piauí e, na manhã de uma sexta-feira, 18 de janeiro, é dada a largada para a Expedição Sertão Colonial, que traça jornada acadêmica e científica no Estado. O trajeto na região piauiense mantém, entre os objetivos centrais, o conhecimento sobre o patrimônio material e imaterial do sertão, com o resgate da história de importantes instituições do Piauí, visando à sua valorização e preservação.

 

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A ação, organizada pelo Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal do Piauí (CEAD / UFPI) e o Núcleo de Pesquisa da Justiça (NUPEJ) do Centro de Ciências Humanas e Letras (CHHL / UFPI) em parceria com a Rede Pense Piauí (RPP), tem início no Parque Floresta Fóssil, único sítio paleontológico dentro de uma capital brasileira, localizado às margens do Rio Poti, área urbana da capital Teresina.

Segundo Dr. Benjamin Vale, a iniciativa representa um encontro com a história, cultura e natureza. “Vamos fazer uma valorização dos nossos ancestrais e verificar o quanto a mão humana edificou, além do quanto a mão humana está a destruir. Vamos verificar o quanto aumenta nossa responsabilidade na construção da sociedade. O dever é nosso, de multiplicar, dividindo o conhecimento”, destaca Benjamim, um dos coordenadores do evento.

 

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A partir daí, o grupo se dirigiu ao município de Amarante. No percurso até o destino, em momento de demonstração de fé, a caravana fez uma parada na Gruta de Lourdes da Betânia, para uma oração, seguindo-se o almoço de confraternização da equipe, somando, em termos estimados, cerca de 80 indivíduos. São representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). São lideranças políticas locais e pesquisadores de áreas ligadas à proteção do patrimônio histórico e cultural do Piauí inseridos, grosso modo, também, no campo cultural, histórico e acadêmico, com a intenção precípua de sugerir projetos de pesquisa científica sobre o patrimônio, tornando-o mais visível no âmbito da sociedade em geral.

 

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Rumo ao primeiro destino citado, Amarante, no local, a Expedição relembrou a história de Da Costa e Silva, autor da letra do hino do Piauí. “Piauí, terra querida, filha do Sol do Equador. Pertencem-te a nossa vida, nosso sonho, nosso amor! As águas do Parnaíba, rio abaixo, rio arriba. Espalham pelo sertão e levam pelas quebradas, pelas várzeas e chapadas, teu canto de exaltação”.

 

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Ainda em Amarante, a caravana visitou a Casa de Cultura Odilon Nunes, atualmente, abrigando o Centro Cultural de Amarante, com museu, biblioteca e espaço para cursos e exposições. Com o final do percurso na cidade, a equipe se dirigiu à capital da fé, ou seja, à primeira capital do Piauí, a bela Oeiras. No local, o Museu de Arte Sacra é o primeiro local de visitação, seguindo-se visita ao sobrado Major Selemérico. As atividades do primeiro dia encerraram no Cine Teatro, com palestra sobre a Interpretação do Patrimônio Cultural, proferida pelo professor Stefano Ferreira.

 

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Na manhã seguinte, sábado, dia 19 de janeiro, após o café, o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Avelino Neiva, apresenta aos membros envolvidos na Expedição Sertão Colonial, projetos de restauração da navegação do Rio Parnaíba. É o momento de deslocamento para Santo Inácio do Piauí, com o intuito de visitar o banheiro dos Padres Jesuítas. 

Após o momento, a expedição segue para Campinas do Piauí, com o objetivo de visitar e conhecer a histórica primeira fábrica de laticínios do Nordeste. Após a visita, com a comprovação da situação precária do local, os membros se comprometeram, formalmente, em lutar por sua preservação. No ato, assinaram a "Carta de Campinas", que cobra imediata restauração do prédio.

 

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“A ação é uma viagem de resgate das nossas tradições e nossas raízes. O Piauí é um Estado forte e toda vez que nos debruçamos sobre a história dele ficamos animados. A gente resgatar essas verdades, que se mantêm escondidas, é um trabalho revolucionário”, destaca o Desembargador Federal Carlos Augusto Pires Brandão. 

Por fim, a Expedição Sertão Colonial encerrou na tarde de sábado, em Simplício Mendes. Como antes dito, a ação visou sensibilizar as pessoas residentes em cada cidade sobre as condições de tradicionais imóveis no Estado, os quais possuem valor histórico e cultural, remetendo aos séculos XVIII e XIX, além de assumir o compromisso de investir em ações e pesquisas para preservar o patrimônio histórico colonial e cultural das cidades visitadas. 

Para o Diretor do CEAD e Coordenador da Universidade Aberta do Brasil (UAB) / UFPI, Professor Doutor Gildásio Guedes Fernandes, como Coordenador Adjunto da Expedição, a ação foi “[...] oportunidade ímpar  para despertar as comunidades locais, estaduais e nacionais para a importância vital de preservar o acervo da história do Piauí, com bastante valor tanto em termos de história como de cultura, o qual remonta aos séculos XVIII e XIX, buscando estratégias de melhor divulgar e mantê-lo vivo na memória local, estadual e nacional”, conclui com palavras enfáticas e cheias de força e de esperança. 

 

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