Oficinas do Sinemide levantam debates sobre uso da Inteligência Artificial na educação
Evento foi realizado durante toda sexta-feira (21) e contou com mais de 60 espectadores simultâneos.
O Centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI (CEAD/UFPI) apresentou, durante toda sexta-feira (21), o IV Seminário Nordestino de Mídias Digitais para a Educação (Sinemide) e o Seminário Regional Unirede - Nordeste. O encontro aconteceu de forma 100% remota e contou com mesas de debate e oficinas.
O Seminário apresentou, durante a tarde, duas oficinas, sendo a primeira sobre o uso das mídias sociais e plataformas de dados na formulação de aulas engajadas e interativas. A oficina reuniu mais de 60 espectadores simultâneos e foi mediada pelo coordenador do curso de Letras Português do CEAD/UFPI, Prof. José Vanderlei Carneiro. O pesquisador e doutorando pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Jader Damasceno, ministrou a palestra e comentou sobre as formas de trabalhar a Inteligência Artificial (IA) em favor dos processos educacionais. De acordo com o pesquisador, atualmente, o objetivo de muitos professores é constituir uma linguagem acessível para estudantes, e o avanço da tecnologia pode contribuir com esse processo. Exibindo uma gama de sites usados para automatização de alguns processos tecnológicos, o jornalista expôs formas de deixar as aulas remotas mais interativas e engajadas.
“Um dos grandes desafios do nosso tempo é pensar em como incluir todos. A gente sabe que o ensino superior é uma zona distante de muita gente do Brasil. E a IA tem avançado de forma inegável. Mas, trago um conforto para você curioso, entusiasta, professor. Essa ferramenta está aí, mas ainda assim a competência humana e o processo criativo é o que vai movimentar essas estruturas”, destacou.
A segunda oficina, “Explorando o potencial do ChatGPT na Educação a Distância” foi apresentada pelo pós-graduado em design de multimeios didáticos para EAD, Manoel Eduardo de Sousa Filho (UFPI) e mediada pelo professor Dr. Leonardo Ramon (UFPI). O palestrante da oficina mostrou o ChatGPT e suas principais funcionalidades, além de defender a disponibilização da tecnologia para todos.
“O professor Sekeff acha que a gente deve disponibilizar a tecnologia para todos. E eu, como tecnólogo, também defendo isso”, disse. “Eu acho que nós, professores, não podemos negar as redes que vem aí. Nos artigos científicos, por exemplo, você é capaz de fazê-los usando o ChatGPT. E, possivelmente, será validado, pois há vários sistemas de embaralhamento. Ou seja, o cara faz no ChatGPT, coloca em uma segunda ferramenta, embaralha as palavras, as palavras são recolocadas de volta em outro lugar. Em um programa de plágio, passa. É mais uma evolução da ferramenta do que nossa capacidade de resolver. Por isso, a importância da contínua observância e acompanhamento dessa ferramenta”, pontua Manoel Eduardo.
O professor e mediador da oficina, Dr. Leonardo Ramon, falou sobre como é importante saber usar o ChatGPT. “Saber como usar a ferramenta não é apenas uma pergunta que requer uma resposta simples, se é sim ou não, ou apenas um conceito. Mas, há essa necessidade de utilizá-la a fim de que traga o pensamento crítico em relação à própria situação ou assunto”, alertou.
O Seminário, pela manhã, trouxe uma mesa de debate com os professores Me. Hércules da Costa Sandim, da UFMS, e do Dr. Ricardo Moura Sekeff Budaruiche, do IFPI, além da mediação da professora Dra. Lívia Fernanda Nery da Silva. A abertura também contou com a presença do reitor da UFPI, Prof. Gildásio Guedes, da coordenadora adjunta do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), Liana Cardoso, e do vice-diretor do CEAD/UFPI, Prof. Ildemir Ferreira.
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