8M: Data relembra os desafios e celebra as conquistas das mulheres ao longo da história

Diferente de outras datas comemorativas, o Dia Internacional das Mulheres não foi um dia criado pelo comércio, pois tem raízes históricas profundas. O dia 8 de março foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 1975, sendo celebrado já antes da data oficializada, no início do século XX.

Apesar de não limitar as comemorações a apenas a data de hoje (08/03), o Centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI (CEAD/UFPI) ressalta os desafios cotidianos e as conquistas das mulheres que fazem a UFPI. Abaixo, o trecho de alguns depoimentos de professoras, técnicas-administrativas e colaboradoras do CEAD/UFPI.

“Esse dia marca o início de grandes conquistas vindas das lutas das mulheres ao longo da nossa história. E é com espírito de sororidade que as mulheres do CEAD/UFPI transmitem a todas as discentes, docentes, técnicas-administrativas, colaboradoras e terceirizadas da Universidade Federal do Piauí o espírito dessa luta e almeja que consigamos mais igualdade nos espaços de gestão, mais igualdade na valorização dos nossos trabalhos, com reconhecimento ao nosso valor como pesquisadora. Também garantindo nosso espaço como mãe, esposa, filha e representantes também das nossas famílias. Por tudo isso e com tudo isso dizemos: parabéns, mulheres. Feliz 8 de março!”, Diretora do CEAD/UFPI, Profª. Lívia Nery.

“Sou uma mulher com deficiência visual e este dia representa a luta daquelas que vieram antes de nós. E lembramos que, nós mulheres, somos fortes, capazes e que nada nos limita. Feliz Dia Internacional da Mulher”, Coordenadora Adjunta da Especialização em AEE, Profª. Dilma Andrade.

“Mulher bonita é a que luta. E, como uma mulher travesti negra, nordestina, de axé, gorda, eu sei exatamente que apenas a luta muda a vida. Entretanto, nesse dia das mulheres eu quero trazer uma reflexão diferente. Quero falar da importância que todas as pessoas assumam uma luta feminista, porque por mais que eu entenda que precise lutar, a vida poderia ser mais linda, mais bela, se eu não tivesse tantos desafios para enfrentar. É nosso papel enquanto sociedade resolver os problemas históricos que o machismo nos impõe. Que neste dia das mulheres nós possamos a cada dia, a cada momento, refletir mais sobre nossas ações. Sejamos homens, mulheres, transgênero, cis gêneros, gays, lésbicas, que todos nós possamos repensar o machismo que foi construído em nós, porque apenas assim nós poderíamos viver na nossa sociedade livre da violência contra todas as mulheres”, Docente do curso de Pedagogia e primeira mulher travesti professora da UFPI, Profª. Letícia Nascimento.

“Desde o início, o preconceito foi bem presente na minha vida como engenheira agrônoma. No primeiro dia de aula, éramos apenas três mulheres no universo de 30 alunos. Meninas aos 18 anos, desacreditadas à primeira vista, por serem de aparência frágil, magrinhas, baixinhas e os comentários eram ‘duvido que cheguem ao final do curso’. Duas conseguiram, felizmente. Eu e minha amiga insistimos no nosso objetivo e com destaque nos estudos e pesquisas, na graduação e pós-graduação, no exercício da profissão. Minha amiga na docência superior e eu na consultoria ambiental. Minha equipe de campo sempre foi formada por homens, com muito respeito e credibilidade. Sim, mulheres de aparência frágil podem trabalhar debaixo do sol, em cima de um trator, no comando de uma equipe formada por homens. Nós podemos!”, Engenheira agrônoma e apoio logístico do curso de Turismo do CEAD/UFPI, Ryanne Ibiapina.

“Neste dia tão importante, nós viemos celebrar a importância das mulheres no setor de energias renováveis, desde engenheiras até às líderes no mercado. Como estudante do curso, minhas expectativas são muito altas em relação ao crescimento da mulher nesta área tão importante para o Piauí. Em nome das mulheres do curso, venho lembrar a nossa importância na área das energias renováveis. Parabéns, mulheres, pelo nosso dia. Especialmente para as mulheres da área da tecnologia”, Aluna do 4º período do Curso Superior de Tecnologia em Energias Renováveis, Eduarda Sousa.