Mais de 400 pessoas participam do Seminário Regional de Mídias Sociais

CEAD/UFPI e SiNeMIDE reuniram professores e especialistas para debater a respeito da educação híbrida no Brasil

O Centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI (CEAD/UFPI) e a Associação Universidade em Rede (UniRede) realizaram, na última sexta-feira (07), o Seminário Regional UniRede Nordeste 2022 e o III Simpósio Nordestino de Mídias Digitais para a Educação (SiNeMIDE 2022). Os participantes tiveram a oportunidade de assistir a debates e explanações que trataram dos novos processos educacionais no que se refere ao ensino híbrido e das novas tecnologias utilizadas a partir do período pandêmico.

A diretora do CEAD/UFPI, Lívia Nery, pontua que a temática é essencial para o diálogo contínuo na diversidade dos ambientes educacionais, visto que esse processo híbrido precisa ser pensado num local de uma educação libertadora capaz de ouvir e se articular perfeitamente às demandas locais.

“Precisamos estar atentos às demandas dos nossos alunos e como nós podemos alcançá-los de forma prática, sensível e acolhedora para que esse processo formativo tenha, então, outras interações para além daquela do formato da sala de aula tradicional. Como elemento de colaboração, podemos usar as tecnologias/metodologias e essa capacidade tem que atravessar esses espaços de sala de aula para um processo híbrido de ensino pleno sem cairmos nas armadilhas que pregam que esse formato de ensino é menos valoroso. Foi um evento muito proveitoso e muito importante para o nosso estado e nosso país”, celebrou Lívia.

A presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC), Suely Menezes, trabalhou o tema “Processo híbrido de ensino: ambiguidade e esperança” e detalhou a participação do Conselho no processo de integração das tecnologias ao ensino brasileiro.

“O Conselho Nacional ajuda o sistema executivo a formular políticas nacionais de educação, delineando, normatizando e orientando esse processo. E, durante a pandemia, começamos a discutir essa visão híbrida do processo de ensino e aprendizagem como uma demanda vinda da sociedade. Então, consideramos a necessidade de integração desses processos diferenciados que permitem ampliar a flexibilidade, a personalização, a contextualização e o foco no desempenho do aluno. A pandemia trouxe muitas reflexões, muitos prejuízos, dificuldades e angústias. Mas, também, antecipou a entrada da educação brasileira no processo tecnológico. E fez com que nós entrássemos num processo em que a acessibilidade foi ampliada”, comentou Suely.

Durante os debates, a Coordenadora Geral de Educação a Distância da Universidade Federal de Campina Grande, Edjane Dias, trouxe observações a respeito das perspectivas e desafios do processo de ensino híbrido brasileiro.

“Muitas coisas ainda estão no terreno da indefinição. Por isso, precisamos contextualizar esses conceitos que surgem, que nos instigam e, ao mesmo tempo, procuramos dar respostas. Pensar em educação é pensar em historicidade e qual impacto essa definição traz no fazer pedagógico. Logo, essa experiência com a cultura digital, a que fomos instados a responder no período pandêmico, nos colocou em um novo lugar, nos abriu possibilidades. Paralelamente a isso, ou antes mesmo da pandemia, nós já tínhamos uma orientação que nos instigou ao redesenho pedagógico e curricular baseado no desenvolvimento de competências e habilidades”, finalizou.

Além dos debates e exposições de temáticas, o SiNeMIDE trouxe o minicurso intitulado “A gestão do bem-estar e o protagonismo do aluno no ensino híbrido”, com a professora Antonella Sousa, e a oficina de Segurança Digital, com o especialista em marketing e segurança digital, Marcos Sávio. O evento recebeu cerca de 450 alunos e ouvintes presentes durante as lives.